Nas palavras
Acredito no barulho
Da vitória-régia
Em pernas, pedras
E, às vezes, em pétalas
Sou promíscuo enquanto
Celibato faço
E, falho no falo,
Não falo o que falo
Não quero mais
Ouvir falar
Nem dar a entender
Pois sou velho muito novo
Para tentar e pôr
Mas ponho o pingo nos is maiúsculos
Luzir uma palavra que nada exprime
E de tanto falar, talvez um dia dizer
Como se diz o que se pode,
E o não
Talvez eu saiba
Mas não acredito, firme e fraco
Tudo o que se quer
Não acredito em pessoas
E amizades
Cansaço esse pouco faz
Desfragmenta
Meu discurso é
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
Jesus Loves Me
Ao som de CocoRosie, vislumbrando dor, e à procura de dias piores que, oh sim, estão vindo. Dedico esse poema a ela. E a ele também. Mas nenhum dos dois lerá.
O colo que confortava
Adoeceu, necrosou
Morreu e, cansado de sê-lo
Fez sangrar mais alguém
A mão que comemorava
Quebrou e,
Por não ter mais razão
De existir desistiu
E tudo que havia de mais sagrado
Pecou
E, por isso
Condenou-me a viver
O colo que confortava
Adoeceu, necrosou
Morreu e, cansado de sê-lo
Fez sangrar mais alguém
A mão que comemorava
Quebrou e,
Por não ter mais razão
De existir desistiu
E tudo que havia de mais sagrado
Pecou
E, por isso
Condenou-me a viver
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