terça-feira, 13 de maio de 2008

Ja ... ... Ty

Só não me trais porque não estamos
Entramos tanto em rumos para os prantos
Calamos, bentos como poucos santos
Sumindo trazes todos teus encantos

Se o abraço mútuo fosse e tudo
Que eu falo não fosse um escudo
Contra meus calos e todo um mundo
Poderíamos coexistir

Mas enquanto não soubermos como existir
Esse ir e vir será distância andada
De olhos vendados e alma vendida
Por corpos que não podem ocupar o mesmo lugar

Ah, a hora é tarde nesse descompromisso
As rugas vão trilhando sua estrada
Só eu parei num sentimento que não cresce
Sem me implodir

Eu juro que tentei, e como
Tentei sobreviver, no entanto
“O que não tem fim
Termina assim”

Um comentário:

Gustavo Castello B. Beirão disse...

Oh My God. É por isso que eu digo que tu és o melhor poeta da nossa geração. Não me canso de ser surpreendido por tuas poesias, mesmo vendo o teu novo apreço por aliterações, che credo ter inseminado em ti.