terça-feira, 7 de agosto de 2007

Rosegarden Funeral of Sores

Após uma noite insone e um período de crise existencial que se perdura... Soa inacabado, e talvez o seja. Ainda assim, é o que veio de mim naquele dia. À luz de Clarice Lispector. Eu, uma Macabéia? Espero que não.


A dor não dá-se por estar desprovido do indolor,
Muito pelo contrário...
E sim pelo fato de estar quase que completamente só,
De forma que ainda há perda em vista no inevitável

O que o futuro presente vislumbrará perante seus olhos
E agora pouco vê, talvez por opção que tenha tomado,
É incógnita estranho que confunde sua paupérrima segurança
O desconforto da morte, então, torna-se oxigênio

Esse café frio da repartição existencial
Não mais é passível aos mais excitantes estímulos
Apenas o imundo e irremediável prazer oriundo
Da perversão inerente ao seu corpo de nascença, marcado que é

O complicado papel de ser e a intolerável necessidade de existir,
Já quase fora do curto alcance de suas mãos,
Vão esmaecendo a inconstante idéia da sobrevivência

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