Uma entre tantas madrugadas patéticas na frente de um computador, ao som de Metal Contra As Nuvens e Uma Outra Estação, canções da Legião Urbana. Vejam só, fui comparado à Björk e ao Ian Curtis após mostrar tal poema para amigos... Como não ficar, ao menos, grato pela voz do Renato ter levado-me, de mãos dadas, para este lugar tão magnífico chamado inspiração?
As coisas não são
Nem como não parecem ser
E cada tiro no escuro
Nessa casa de espelhos
É a retomada da maré
Numa rede de travesseiros
Esperanças que as horas
Fizeram de castelo na areia
Desmontadas foram, virgens
Mesclaram-se com o horizonte
Cegas, berrando sob o sol
Que com raios insulta
As mãos aveludadas
Que outrora aceitavam o afago
Da vida tão morta
Que as camponesas seguiam
Nesse feudo à beira do mar
O tempo apenas as fez enxergar
Que a trégua pro fogo do pecado
Está mais perto a cada dia
E que tudo o que construíram
Seria levado
De passagem estávamos
E continuamos a procissão
sábado, 28 de julho de 2007
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