O telefone já não atende
O número, nem tenho mais
Endereço é outro e
Tua voz só mais uma
As cartas foram escritas
Muito fracas, sem vontade
E de lápis, apagaram
O que agora é só saudade
E quanto mais eu tento
Mais se esvai,
Conforme vou, nem mais
Sei quem eu é
E como vi, mas ceguei
Deixaste como herança
O que nunca te pertenceu
Esbofeteai meu rosto
Mas, por favor,
Toque
Por não saber
O que fazer
Ou por onde ir,
Deixei
Pais, amigos
Paz, vestígios
Manchas, provas
E gavetas abertas
E por não saber
Se algum dia te verei
Fechei as portas
E os olhos
Se você soubesse
O que não é ter no que se agarrar
Você não tomaria assim,
Só tudo que penso
sexta-feira, 4 de janeiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
MEU DEUS! Perfeito.
Postar um comentário