sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Sem mais...

O telefone já não atende
O número, nem tenho mais
Endereço é outro e
Tua voz só mais uma

As cartas foram escritas
Muito fracas, sem vontade
E de lápis, apagaram
O que agora é só saudade

E quanto mais eu tento
Mais se esvai,
Conforme vou, nem mais
Sei quem eu é

E como vi, mas ceguei
Deixaste como herança
O que nunca te pertenceu

Esbofeteai meu rosto
Mas, por favor,
Toque

Por não saber
O que fazer
Ou por onde ir,
Deixei

Pais, amigos
Paz, vestígios
Manchas, provas
E gavetas abertas

E por não saber
Se algum dia te verei
Fechei as portas
E os olhos

Se você soubesse
O que não é ter no que se agarrar
Você não tomaria assim,
Só tudo que penso