domingo, 6 de abril de 2008

Meio nada

Declaro hoje como fato, depois de todo o afeto, que ao seguir teus passos perdi-me em teus rastros. Agora também meus, choro porque entornei minh’alma ao tornar-me súbito súdito de um senhor que abandonou-me terras inférteis. As pegadas que imaginei, mesmo esperei ver agora fazem parte de um passado que já esqueci, mas ainda sinto. E há dor nesse horizonte frio e vazio, onde o nada reverbera – você nunca imaginará quanto. Ou talvez imagine, porque eu já te perdi, perdi teu endereço, perdi teu rumo, perdi meu rumo, perdi teu cheiro, perdi teu rosto. E só o que pedi foi... um abraço.
Mil pedaços espalhados não mais formam um todo que foi levado.

2 comentários:

Gustavo Castello B. Beirão disse...

Yuri! Demais, hon!

Pena que eu já tinha usado o "súbito súdito"... copião hsuahsuhaushauhsauhs

Vanessa disse...

Bah, demais esse teu texto.
Me lembrou MUITO Caio Fernando, não sei se tu já leste?!
Se não, deverias ler URGENTEMENTE.

E queres algum elogio maior que esse que acabei de te dar?

Beijão, te adoro demais!