À sombra de uma poça quase sucumbi
Andando e crendo, vendo o que queria ouvir
E tanta gentileza pouco fez, livrei-me
Do embargo amargo chamado prazer
Cresci pra todo lado e deixei
Caladas asas que eu vi voar
Deixei pouco a pouco de mim
Em cada estrada escura que ousei percorrer
A fraca e frágil linha entre o céu e o precipício
É feita de algodão das nuvens
Colado com cuspe de uma boca seca
Sedenta pelo oásis que, pena, virá tarde
Quando mordes meu peito acende
A luz revigora meu bem estar
Contudo, cidadão de meu mundo sou eu só
E meu reino hipócrita, tão pouco popular
Ainda vejo expostos rostos crédulos
Entre verdades que descomprovei
Isso ainda entristece, mas nem parece
À luz desse espelho
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
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2 comentários:
Eu seria mais feliz se soubesse me expressar desta forma.
Inveja. u.ú
Tu escreves muito bem e já cansei de dizer isso.
'Contudo, cidadão de meu mundo sou eu só
E meu reino hipócrita, tão pouco popular'
Nada a acrescentar.
"Deixei pouco a pouco de mim
Em cada estrada escura que ousei percorrer"
A contradição entre um egoísmo que faz a gente se afastar de tudo e a necessidade de se deixar por aí, entre as pessoas...
Viver é meio difícil :s
Belo texto, Yuri!
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